CANTORA sofre racismo em aeoroporto no Rio, INFRAERO nega e recrimina discriminação

 

Imagem - reprodução Instagram
Cantora revelou ato discriminatório em aeroporto no Rio de Janeiro




                        A cantora, Lu Dom, afirmou através de uma rede social, que sofreu racismo após passar por uma inspeção no Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro
                Após ser escolhida 'aleatoriamente' pelo sistema, segundo a artista, uma agente teria mencionado que precisava 'fiscalizar seu cabelo'. 
                "Eu já tinha passado a mala no scanner, e eu mesma já tinha passado no scanner corporal. A mulher me diz 'tenho que olhar seu cabelo'. Eu olho para ela aterrorizada com a violência desse ato. Ela chama o superior. Meu dia acabou"
                Pela mesma rede social, o Instagram, muita gente se solidarizou com a cantora. Até famosos como Elisa Lucinda, que comentou: "Como nos tempos da escravidão"
                "Força Lu! Não iremos parar de lutar até que essa cena nunca mais aconteça, com ninguém", disse um seguidor. 
                Entrei em contato com a assessoria de imprensa da Infraero, que administra o aeroporto, e na nota que nos enviaram, afirmam que uma averiguação foi feita internamente, e através das câmeras não foi constatado inspeção corporal no cabelo de Lu Dom. A nota ainda informa, que a Infraero, repudia quaisquer formas de discriminação. 
                Em seu stories, Lu, disse que se sentiu frustrada e decepcionada. "É muito ruim quando acontece (discriminação), porque fere algo muito profundo da nossa dignidade".

                Segue abaixo a nota na íntegra. 
                        

                    A cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos. De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão. Um dos procedimentos previstos para garantir a segurança do passageiro e demais usuários, a realização de inspeção de segurança aleatória é prevista na Resolução ANAC nº 515, de 8 de maio de 2019. Destaca-se que os pórticos detectores de metais do aeroporto têm a capacidade de gerar alarmes aleatórios, com acionamento de forma automática ou sob ação do passageiro, para fins de controle de execução da inspeção aleatória. Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro. A Infraero repudia quaisquer formas de discriminação e reitera que comportamentos como injúria racial e racismo não são tolerados nos aeroportos sob sua administração. A Companhia está à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos necessários. 
             Atenciosamente, Assessoria de Imprensa Infraero


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