Campanópolis a vila de castelos construída após um triste diagnóstico

 

Campanópolis na Argentina é uma vila de castelo, construída após um triste diagnóstico


                        Em 1983, aos 50 anos de idade, Antonio Campaña, empresário argentino, filho de imigrantes italianos, recebe o diagnóstico de câncer de amidalite e uma triste notícia de estágio avançado, que poderia pôr fim em sua vida em poucos meses. A partir desse momento, toda sua vida começaria a mudar. 


                            As horas de trabalho em escritório como empresário, dão início a sua nova função, "engenheiro", sem nunca ter estudo algo dentro deste universo, Campaña decide criar uma aldeia de castelos, surgindo 'Campanópolis'. O argentino, consegue outro efeito, prolongar por quase 30 anos sua vida. 

Esboço do primeiro castelo construído por Antonio
que está em exposição em Campanópolis

                    


                        A intenção do empresário, não era criar uma atração turística, embora atualmente seja. A vila mágica onde estão os castelos, foi criada para que ele sua família vivessem bons momentos cercado de amigos. 
                        Campanópolis é mesmo um lugar cheio de encantos e ao andar por suas ruelas, você ouvirá músicas peculiares da era medieval. Também sentirá a mensagem que seu idealizador quis passar, "que vale a pena sonhar, acreditar e lutar para que eles se concretizem"

A vila também traz algumas lendas.
Como uma mulher vestida de branco
e crianças que são vistas brincando na mata à noite



                        É inspirador caminhar por ali e sentir como a força de vontade e a fé de Campaña prolongaram seu percurso.  Muita gente iria reclamar, duvidar da fé, o que seria compreensível, mas Antonio, arregaçou as mangas e trabalhou na construção de um complexo que se tornaria turístico três décadas depois. Fico me perguntando quantas pessoas desdenharam da força de vontade de Campaña, 'Não vai dar certo, porque está fazendo isso, se vai morrer, não vai chegar a curtir o que está fazendo, devia focar no seu tratamento'. Geralmente não encontramos pessoas para nos apoiar em nossos sonhos, porque nelas falta coragem e foco. Ele tinha as duas coisas e ainda lutava por uma doença que nos anos 80 era sinônimo de morte iminente.  

                Quanto a morte, o mais certo é que todos nós iremos morrer, então diagnóstico não põe fim em nossa vida e foi justamente o que a história de Antonio Campaña nos mostra. 



                        Campanópolis conta com 200 hectares e sua construção tem outro assunto que está em evidência atualmente, a sustentabilidade, que talvez na época de sua edificação não era um assunto em pauta, e os construtores não mostravam preocupação. 

                    Em um dos castelos, Campaña utilizou trilhos de uma antiga ferrovia de Buenos Aires (foto) e para o teatro, as poltronas eram de um velho cinema também da capital. Já no museu do ferro, peças encontradas no mundo inteiro, assim como as antigas moedas de peso que estão em amostra em outro espaço.



                    No escritório que o idealizador dessa vila de encantos trabalhava, o esboço de seu primeiro castelo. Tudo em Campanópolis tem como base as vilas europeias do século XVI. O turista vez ou outra se sente saindo de uma das cenas de Harry Potter ou de alguma dessas séries medievais. 

Na viela 'Corso', que leva o nome em homenagem a um professor
amigo de Antonio, você se sente em um dos cenários de Harry Potter
Alias, nesse local estão as cinzas de Corso. 



                        Em Campanópolis existem visitas guiadas em português e a melhor maneira de ir até lá é por transfer, já que a vila está fora de Buenos Aires, em local não turístico e não indicaria ir de Uber ou principalmente ônibus. 
                Deixo a indicação do Mateus (mntrasnfereturismo - link do Instragram), que faz o passeio e é brasileiro. 

Vá a Campanópolis com a @mntransfereturismo



                            A vila também conta com um bosque que possuem outras 12 casinhas e uma bela árvore trazida da Patagônia. 

Árvore da Patagônia



                    A cidade de Antonio está aberta para eventos, sessões de fotos e publicidade. Muitos argentinos não conheciam a vila e na pandemia, ao procurar locais mais próximos da capital, já que a Argentina levou o lockdown muito a sério, descobriram e fizeram com que Campanópolis ficasse conhecida. O complexo não recebe nenhum tipo de ajuda do governo e é totalmente mantido pelos filhos do empresário, que faleceu em 2008, quando se preparava para a construção de uma nova vila. 


    
                            Seus três filhos, decidiram não dar segmento à nova vila, (chamada no local de novo bairro e na rota ela é mostrada exatamente como está, inacabada). 

Os detalhes são impressionantes, mesmo a maioria sendo um cenário
é surpreendente descobrir que Antonio não tinha nenhuma formação
e entendimento no assunto, para construir a cidade.


                            Embora eu acho que o sonho de Antonio Campaña devia ser concluído, imagino como deve ser difícil para seus filhos dar seguimento, já que o pai não falava sobre o projeto com eles ou procurava a ajuda de algum profissional da área. Também tem o fato, deles não saberem qual seria a ideia do pai, seu desejo, o projeto final. De acordo com funcionários do local, era um o sonho do pai deles, então eles mantém da forma como está. Mas creio, que Campanópolis no futuro, será bem diferente, e que passará por mudanças. 


                   Algumas delas devem acontecer em breve. Um restaurante será inaugurado em Campanópolis, que possui uma pequena lanchonete com poucas opções. Funcionários também me contaram que existe um projeto de visitas noturnas, claro guiadas, mas para contar as lendas que existem no local e são muitas. Antonio Campaña previa a construção de uma pousada para seu amigos, ainda acredito que daqui há alguns anos, seja concluído, apesar de ninguém confirmar. 

Uma pousada estava sendo construída na nova parte
da aldeia.


                        Visitar Campanópolis é voltar ao passado e viajar literalmente ao tempo, uma viagem para o século XVI,




Roger Ribeiro - jornalista                                          Instagram - @rolecomroger                                 Tiktok - @rolecomroger

                                 
        

                                      

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