Moda cearense ainda não contempla a diversidade de corpos
A diversidade e a importância da representatividade em diversos aspectos tem sido um tema cada vez mais debatido na sociedade contemporânea. Já existem diversos representantes que lutam contra padrões pré-estabelecidos que causam algum nível de prejuízo a grupos que, por muito tempo, foram invisibilizados.
Nesse contexto, a representatividade pluz-size é uma das mais disseminadas. “Todas as marcas têm que ter um diferencial para poder se destacar. Eu acho que as marcas no Ceará têm personalidade, estilo próprio e isso é muito importante para a moda de uma forma geral”, opina a modelo plus-size, Letícia de Medeiros (@leticiamedeiros1).
De acordo com ela, tal autenticidade presente no estado é essencial para alcançar pessoas com estilos e opiniões diferentes. “É isso que a moda faz, ela deve unir essas pessoas”, afirma. Porém, mesmo com tanto potencial, Letícia explica que quando se trata de representatividade para a diversidade de corpos, o Ceará deixa a desejar. “A gente vê cada vez mais modelos plus-size e mulheres gordas que estão aparecendo para as marcas. Mas, ainda sim, boa parte das maiores marcas da high-society do Ceará deixam esse público de lado e não trazem essa diversidade para os corpos”, pontua.
A modelo explica que tal comportamento é percebido, mesmo que haja estampas diferenciadas e um maior respeito aos diferentes estilos, quando se trata de realmente encontrar roupas há grande dificuldade para obter variedade de tamanhos no vestuário de grandes marcas. “Ainda falta visibilidade para pessoas com corpos diversos”, afirma.
Além disso, Letícia de Medeiros destaca que o mercado de modelos também evidencia esse problema. “Muitas marcas daqui ainda não entendem que existe uma pluralidade de modelos no Ceará. Existem várias pessoas para serem descobertas e acabamos por utilizar um perfil muito parecido, novamente não contemplando a diversidade que temos”, detalha.
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